quarta-feira, 24 de março de 2010

Uma luta de gigantes!!!!!!!

Apresentando os oponentes:
De um lado temos Horatius Bonar (1808–1889):



Doutor em Divindade na Universidade de Aberdeen. Escocês que serviu como ministro cristão. Escreveu vários livros e um deles será usado para essa luta teológica. O CAMINHO DE DEUS PARA A SANTIDADE (Editora Paracletos). Um livro que merece lugar nas bibliotecas de todos fiéis de Deus. Além de ser compositor de poemas e hinos cristãos. Rendemos glórias a Deus pela existência desse servo fiel.

Como seria tradicionalmente provável, ele defende que Rm 7 trata-se do homem regenerado. Mas no capítulo 7 do livro sitado acima, ele apresenta várias razões que levam-no a rejeitar a posição de que Rm 7 seja o não regenerado.

Para responder algumas de suas proposições convocamos um outro autor a altura.

Do outro lado está:



Anthony Hoekema (1913–1988):
Formou-se em psicologia pela Universidade de Michigan. Recebeu o título de Bacharel em Teologia do Seminário Teológico de Calvin, e doutourou-se pelo Seminário de Princenton. Foi professor do Calvin Theological Semnary onde ocupou a cadeira do conhecido Teólogo Louis Berkhof.

Dr. Hoekema defende a posição de que Paulo no texto de Rm7 está falando de homem não-regenerado ou de um cristão que tenta se virar sozinho. Em seu livro - O cristão toma consciência do seu valor, ele afirma:

"Mas o que está descrito aqui é a luta do homem não regenerado (ou do homem regenerado que resolve 'se virar sozinho'), não a vida normal do crente" (HOEKEMA, 1987,p.64).

Portanto começou o primeiro round: YOU FIGHT!!!!!!!!

Escravo de Deus ou do pecado?

Em Romanos 6.20 Paulo diz que os cristãos eram escravos do pecado. Sua argumentação é em favor da santidade. Já não são mais escravos do pecado, mas agora somos escravos de Deus (Rm 6.22).

Mas a interpretação tradicional de Rm 7. 15-25 joga Paulo numa "esquizofrenia". Em Romanos 7.14, se ele estivesse falando em seu estado regenerado, então estamos diante de uma contradição óbvia. Nem adianta comparar Soberania e Responsabilidade, Trindade e Unidade, que todos sabemos que não existe contradição real nesses assuntos.

Em Romanos 7.14 é dito: “[...]sou carnal, vendido á escravidão do pecado.” Em Romanos 6.20 é dito: “Por que quando éreis escravo do pecado...” e no versículo 22 nos diz: “Agora, porém, libertados do pecado, transformados em servos de Deus[...]”.

Assim, pensemos se compensa sustentar uma interpretação que nos causa dificuldade lógica, e pior, implicitamente mantendo um contradição na Escritura. Por um motivo tradicional? Por que Agostinho e Calvino nos disseram?

Esses dois são sem duvida indicações importantes para uma 'jurisprudência' hermenêutica das Escrituras. A autoridade de ambos são reconhecidas por todos nós.

Mas a título de exemplo, Calvino era contra o 'rebatismo' de católicos. Será que a IPB é calvinista neste ponto? Quem leu as Institutas percebe muito bem que esse não é o único momento que os presbiterianos abandonaram Calvino.

Então, devemos pelo menos analizar esse assunto e não simplesmente porque Calvino disse está correto o pronto.

Está aberta a discussão...